quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Da dor no coração

Da longa amizade ao fim da estrada.
Engulo seco.
Delicie-se no melado feito em minhas costas.
Passe a língua,
Sinta meu gosto salgado.

Não sinta o prazer do meu olhar.
Fique com a dúvida da minha voz.
Permaneça com meu sentimento que te dei.

Da longa estrada uma luz fraca.
Semeio minha face com uma lágrima.
Deixo um sertão entre nosso caminho.
Um sorriso infundado para o Destino,

Não ria.
Fique na certeza.
Não mostre sua falha.

Do seu olhar em sua vida.
Olhe para frente.
Não se decepcione com olhares que você não conhece.

Não chore.
Não se lambuse.
E se precisar volte ao que era antes.

Da estrada, olho para frente.
Dobro e guardo a parte da amizade que me cabe.
Coloco em meu olhar o que você deixou de me ensinar.
E deixo em ti, vago, o meu lugar.

2 comentários:

  1. Por que tanta clareza aos meus olhos apaixonados, Claudio?
    Deveria não ser permitido que, alguém desnudasse em palavras os nossos sentimentos tão amargamente camuflados.
    Vou guardar o teu poema na retina. No coração eu tenho um nome... e você me fêz lembrar.

    ResponderExcluir